Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Vou explicar algumas características desta personalidade que as pessoas com TAG apresentam e que fazem com que elas se mantenham num círculo vicioso de ansiedade crescente que impedem o tratamento efetivo.
Ansiedade é MEDO. O medo ativa no corpo as glândulas endócrinas que produzem um aumento do CORTISOL. Esse mecanismo existe também nos animais e está a serviço da sobrevivência. O cortisol serve para que, em caso de perigo iminente, o animal ou a pessoa tenha uma reação de luta ou fuga. O cortisol deixa a pessoa em alerta constante aumentando a percepção como forma de evitar um ataque inesperado. Mas logo após passar o perigo o corpo elimina o CORTISOL, pois se ficar no corpo se torna uma substância venenosa.
As pessoas com TAG tem medo o tempo todo e por conta desse medo mantem um alto nível de CORTISOL no corpo o dia todo. Isso faz com que esteja em alerta constante com alto nível de percepção do ambiente. Mas também gera pensamentos de perseguição, de que alguém está querendo os prejudicar de alguma maneira. Isso faz com que aumentem as defesas psíquicas tornando-se teimosos, desconfiados, orgulhosos, vaidosos, egoístas como uma forma de defender o que é SEU e estão a perigo de perder.
Alto nível de CORTISOL constante no corpo é o que gera as sensações nas crises de PÂNICO: taquicardia, sudorese fria, formigamento, tremores e todos os outros sintomas que vocês podem ver em detalhe em artigos e vídeos sobre o assunto.
Outro transtorno derivado da ansiedade é o TOC Transtorno Obsessivo Compulsivo em que o paciente elabora rituais para evitar que coisas ruins lhe aconteçam. Fechar três vezes a fechadura de casa, manter tudo organizado e limpo como forma de evitar consequências ruins imaginárias.
Pessoas com TAG são extremamente racionais e tentam controlar a ansiedade através da mente, sendo que a ansiedade é um sentimento e não um pensamento. Por conta disso se tornam compulsivos em buscar respostas racionais na internet e outras fontes. Pensar demais para controlar a ansiedade não significa que o QI seja maior, apenas que pensam mais que os outros porque estão com medo. Ou como no caso do TOC tem ações compulsivas para controlar o ambiente no qual eles projetam uma possibilidade de perigo.
Outra característica das pessoas com TAG é que são emocionalmente imaturas e por conta disso mais egoístas justamente pelo medo por trás da ansiedade. Dentro dessa imaturidade emocional está a característica de serem menos responsáveis com os compromissos. Exigem muita coisa para depois desistir de tudo.
Pessoas com TAG raramente levam o tratamento psicológico até o fim. Buscam compulsivamente informações, mas não se tratam de verdade. O tratamento inclui entrar em contato com as causas da ansiedade, mas os pacientes, ao chegar nesse ponto do tratamento, abandonam, fogem de entrar em contato com aquilo que lhes causa medo e ansiedade.
A cura do TAG não está nas respostas que a mente ansiosa procura e sim em comprometer-se seriamente com o tratamento sem fugir dele.
O que é o pânico?
O pânico está ligado ao medo da morte, medo de morrer. A morte é uma morte do corpo físico por isso as reações desse medo se manifestam no corpo: taquicardia, suor frio, suor nas mãos, tremor na musculatura, dentre outros. E essas sensações são interpretadas como a proximidade da morte. A pessoa fica com a atenção focada nas sensações corporais o que aumenta as sensações e o medo decorrente delas. O pânico é uma sensação iminente de morte, como se algo o tomasse de repente de forma imprevisível e incontrolável.
Algumas causas possíveis:
- Falta de relação com o pai ou relação fraca.Não entende o pai e o rejeita. Isso gera medo da vida. Medo dos desafios da vida. Incapacidade de resolver as dificuldades que oferece a vida. Não dá conta. Falta de autoconfiança. Isso gera ansiedade constante, crises de ansiedade que podem chegar a pânico e até paralisia, não querer sair de casa, não ir para a rua (Fobia Social). A rua significa a vida fora do lar: o trabalho, a profissão. O pai é quem nos introduz na vida fora de casa. Ele nos ensina a lidar com as situações de trabalho e profissão. O pai é mais racional e menos emocional, nos trata com menos condescendência, com mais rudeza. A vida fora de casa é mais prática e tem que ser resolvida de forma prática. Quando colocamos emoção nos perdemos na solução e criamos conflitos para nós mesmos. Podemos ficar com raiva, magoados, com medo e desta forma não resolvemos os desafios. O pai é o racional, até parece frio, e isso faz com que alguns rejeitem essa relação e não se vinculem com o pai de forma de aprender a lidar os desafios da vida. Querem encarar os desafios como resolvem sua situação com a mãe, de forma afetiva. O pai pode ser rude, mas a vida é muito mais. A forma como o pai expressa seu amor é prepará-lo para a rudeza da vida, é uma forma de proteção ensinar os filhos a ser autossuficientes e assim autoconfiantes.
- A mãe tem medo da vida e superprotege o filho. Desta forma a mãe repassa seus medos ao filho. O filho evita o contato com a vida fora de casa, estudos, trabalho, amizades, academia etc. Está sempre ansioso e com crises cada vez mais agudas de medo. Fica dentro de casa, o único lugar seguro para ele. Desenvolve assim Fobia Social.
- Alguém próximo morreu e o paciente não consegue se desligar, e desapegar do falecido, não aceita a morte. A pessoa fica “ruminando” a morte da pessoa querida e não se desliga do ente querido, ele permanece presente na sua mente, morto, mas presente.
Caso: um pai 5 anos após da morte do filho apresentou sintomas de pânico. O filho pediu pro pai permissão para ir à pista de skate com os amigos de noite. A mãe não permitia o filho sair depois de certa hora, mas o pai permitiu. Foi quando o filho foi assassinado. O pai se sentia culpado por ter permitido sair de casa mais tarde, e a mãe reforçava essa culpa. Desta forma o pai não conseguia se livrar da culpa, entender que nada poderia fazer para mudar o destino já acontecido. A culpa mantinha o pensamento na morte do filho e após 5 anos começou a sentir no seu corpo sensações de morte, isto é, os sintomas de pânico.
- Raiva de si mesmo. Essa raiva por não se aceitar, se achar errado, se culpar, não se sentir merecedor de coisas boas e por conta disso se sabota, comete ações impulsivas e inconscientes contra si, más escolhas. Tem medo de si mesmo, da auto sabotagem, do mal que faz a si mesmo de forma inconsciente e não pode controlar. Não pode controlar a raiva de si que é inconsciente e aparece como autopunição, desmerecimento das coisas boas da vida. Isso dá a sensação que a qualquer momento vai acontecer algo errado consigo. Medo, pânico de seu inconsciente que o pune.
Interpreta as coisas “erradas” que acontecem consigo como punições da vida pelos “erros” que cometeu. Não se perdoa. É orgulhoso demais e não aceita ter cometido “erros”, não se permite errar. Não vê os erros como aprendizado, como uma tentativa de acerto.